quinta-feira, 2 de junho de 2011

A CONVIVÊNCIA NOS ABRIGOS

           A migração causada pela enchente do Rio Jari, trouxe para as áreas de terra firme uma série de problemas característicos da convivência conjunta de grupos humanos diferentes. Primeiramente, a condição indigente dos abrigos, onde tudo é fruto da criatividade de quem a vivencia, a começar pelo espaço físico minúsculo, separado por paredes de lençol ou lona.
           O modelo de policiamento adotado pelo 11º Batalhão PM, ou seja, a Polícia Ostensiva Comunitária prevê a solução de conflitos da maneira mais racional possível, desonerando o sistema de segurança pública, que já é bastante desprovido de recursos humanos e de tecnologias; procurando com isso agir de acordo com a gravidade dos fatos e, conforme o interesse das partes em representar contra seus ofensores (nos casos de ação privada, condicionada a representação do ofendido, claro), daí, muitos casos ocorridos nos abrigos, como:
 Desordem;
 Ameaça de agressão;
 Consumo de bebidas alcóolicas;
 Vias de fato sem lesão corporal;
 Perturbação do sossego, etc.
          Ocorridos, principalmente nos abrigos da Escola Mineko Hayashida, Nazaré Rodrigues, Estádio Queirogão, Câmara de Vereadores, Sede do Produtor Rural e Sede do B. Q. foram resolvidos no próprio local, através do confronto das partes para analisarem seus atos naquele momento de crise.
          Houve até caso de traição amorosa, onde o marido traído, depois de analisar reflexivamente a situação, conscientizou-se de que, digamos assim: “Ruim com ela, pior sem ela”, e sabiamente decidiu tocar a vida dando pra nós um excelente exemplo de PERDÃO (com letras maiúsculas).
          Confesso que, ao ser procurado por aquele cidadão, me senti muito orgulhoso pelo trabalho policial realizado e, feliz pelo seu amor à família.

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