quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO FAMILIAR



            As cidades do Vale Jari, especialmente, Laranjal e Vitória, têm hoje o desprazer de, entre outras mazelas, ser “Rota do tráfico de drogas”, e o resultado disso é preocupante, tanto para os responsáveis pela aplicação da Lei, como para a sociedade em geral.
            Aqui, no Vale do Jari, já computamos desde janeiro do ano corrente, 14 apreensões, e no cômputo geral, verificamos a presença de jovens em quase 100% dos casos.
           Um estudo feito pelo IBGE com adolescentes de idade entre 13 e 15 anos, já em 2009, revelou que, em 60.973 alunos das 1.453 escolas pesquisadas das capitais brasileiras, mais de 70% disseram que já experimentaram bebida alcóolica, 24% já fumaram cigarros e 9% já usaram algum tipo de droga.
           Nesse mesmo diapasão, a leitura que fazemos de Laranjal do Jari, não distorce muito da Capital (Macapá), pois mesmo com a fiscalização atuando mais frequente, ainda é possível encontrar em bares, casas noturnas e em festas particulares, adolescentes, pelo menos, bebendo e fazendo sexo precocemente, e é possível que também façam uso de substâncias entorpecentes. Então, é preciso estar atento a quem fornece, vende, ou facilita a compra ou presta esses serviços.
           Por outro lado, a família tem o dever de estar mais presente na vida dos filhos, as escolas precisam dispensar atenção especial e a comunidade, quebrar o silêncio e denunciar as ocorrências às autoridades, em nome dos cidadãos das gerações futuras.
           Nossas observações levam a crer que, se não agirmos rápido e com rigor, perderemos, não somente o controle sobre a educação dos filhos, mas eles próprios; a exemplo de alguns lares desfeitos, em razão da dedicação integral da vida dos pais ao trabalho. Em muitos casos, os filhos são criados pelas pessoas que trabalham nas residências, ficando a educação deles terceirizada, chegando ao ponto de muitos atos seus nos serem estranhos.
            Então, que tal sairmos para jantar em família; Fazer perguntas sobre o que aprendem, o que gostam de fazer nos momentos de lazer da escola; os jogos que costumam usar; falar sobre os amigos, e observar como se comportam em situações diversas?
           Embora creia na possibilidade de um comportamento desviante, em qualquer família, continuo trilhando esse caminho, como forma de, pelo menos conhecê-los melhor, a fim de evitar futuras surpresas, às vezes desagradáveis.

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